Pele de verão: o que não fazer antes das festas, segundo especialista

Com a chegada do fim do ano, clínicas e consultórios estéticos registram um aumento expressivo na procura por tratamentos rápidos que prometem deixar a pele pronta para as festas, viagens e fotos de verão. Peelings, toxina botulínica, bioestimuladores e lasers entram na lista de urgências, mas a pressa pode trazer consequências sérias — e nem sempre estéticas.

De acordo com a fisioterapeuta dermatofuncional Fabi Pinelli, este é um dos períodos mais sensíveis do ano para a saúde da pele. “Muitos procedimentos precisam de tempo para que a pele se recupere e responda bem. Quando feitos sem preparo, o efeito pode ser o oposto: surgem manchas, descamações, hipersensibilidade e até rebote inflamatório”, explica.
Especialista em reabilitação cutânea, Fabi destaca que a integridade da pele é a base de qualquer tratamento estético — especialmente nos meses de maior exposição solar, como dezembro, janeiro e fevereiro.
Quando a pressa vira risco
Entre os principais erros de fim de ano, a profissional cita peelings agressivos feitos poucos dias antes da exposição ao sol, que podem causar manchas e queimaduras; aplicação de toxina botulínica sem avaliação clínica adequada; e o uso de laser fracionado ou microagulhamento profundo, que deixam a pele mais vulnerável ao calor e à radiação UV. Preenchedores aplicados em peles desidratadas também podem resultar em um aspecto artificial.
As mudanças de temperatura e umidade típicas do verão brasileiro agravam o cenário. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o país apresenta níveis extremos de radiação ultravioleta entre novembro e fevereiro, aumentando o risco de hiperpigmentações e inflamações.
O que fazer com segurança
Fabi recomenda que o mês de novembro seja dedicado à preparação da pele, e não a intervenções agressivas. Entre os procedimentos mais indicados para o período estão limpeza de pele profunda com ativos calmantes, LED vermelho e azul (que ajudam na regeneração e controle da acne), microagulhamento superficial, máscaras antioxidantes e regeneradoras, além de suplementação de vitaminas como C, E, D e zinco.
“O que a pele mais precisa agora é equilíbrio. Se ela estiver hidratada e com a barreira cutânea íntegra, vai reagir melhor ao calor, à maquiagem, ao sol e às mudanças da rotina”, reforça.
 
Planejamento é essencial
Para resultados seguros e duradouros, o ideal é iniciar os cuidados entre o fim de outubro e novembro, garantindo tempo para a recuperação e adaptação da rotina de skincare.
A abordagem de Fabi une estética e saúde. Como fisioterapeuta dermatofuncional, ela cria protocolos personalizados, baseados em exames, histórico clínico e nas queixas específicas de cada paciente.
“Não é sobre fazer tudo — é sobre fazer o certo, no tempo certo, para o corpo certo. A pressa estética cobra um preço alto. A pele tem memória”, conclui.
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