Novos Endereços Renovam A Cena Gastronômica Nos Arredores Dos Jardins
Entre aberturas e reestreias, os arredores dos Jardins — de Pinheiros à Vila Buarque — seguem renovando o mapa gastronômico da cidade. O recém-inaugurado Lina, de Felipe Bronze e Bia Limoni, combina grelha e massas frescas em um cardápio de sotaque italiano; o Lena, primeiro restaurante solo do chef Mário Santiago, revisita sabores mineiros com técnicas contemporâneas; e o Coda, novo bar de Alê D’Agostino, marca o retorno de um dos nomes mais criativos da coquetelaria paulistana. Na confeitaria, a premiada Saiko Izawa apresenta sua Pâtisserie pop-up no Rosewood São Paulo, enquanto casas como Nonna Rosa, Vinho no Boteco e Di Bari Mercato ampliam o circuito gastronômico com novas unidades e propostas sazonais.

Lina
Recém-inaugurado em Pinheiros, o Lina é o novo restaurante dos chefs Felipe Bronze e Bia Limoni, que unem técnicas de grelha e massas frescas em um cardápio autoral inspirado na culinária italiana. O projeto marca a estreia de Limoni à frente de uma cozinha própria, após sua passagem pelo Shihoma, e reforça a parceria criativa com Bronze.
O menu propõe uma fusão entre massas artesanais e sabores defumados da brasa, explorando o fogo como um ingrediente que acrescenta camadas sutis de sabor, sem dominar o prato. Entre as opções, Tartare di tonno (R$ 89) com mascarpone, água de tomate fermentada e avelãs; Raviolli di ricota (R$ 126) com pesto trapanese e queijo feta defumado; Cavatelli com vôngole (R$ 169) com mariscos brancos puxados no Jerez, pangratatto e guanciale; Fettuccine com ragu de costela 18 horas (R$ 148) com hortelã, pinoli e queijo tulha e Bisteca de wagyu na brasa (R$ 275) com batatas rústicas, aioli e folhas verdes na brasa. De sobremesa, três sugestões como o clássico Tiramisù (R$ 62) com pão de ló,sabayon e gelato de avelãs.
Rua Jerônimo da Veiga, 129 – Itaim Bibi, São Paulo

Pâtisserie by Saiko Izawa
O Rosewood São Paulo acaba de abrir as portas da Pâtisserie by Saiko Izawa, loja pop-up dedicada às criações da premiada confeiteira japonesa-brasileira que comanda a confeitaria do hotel. O espaço temporário, instalado na White Box — área habitualmente destinada a exposições —, funciona até o dia 28 de dezembro e é aberto ao público, não apenas a hóspedes. Com conceito de “pastry shop”, a pâtisserie oferece doces para viagem que podem ser acompanhados por café, chá ou espumante. A proposta reforça o compromisso do Rosewood de criar experiências gastronômicas que extrapolam o ambiente dos restaurantes. À frente da operação está Ana Carolina Natal, gerente de In Room Dining, responsável por garantir o frescor e a apresentação impecável das sobremesas.
Nas vitrines, surgem tarteletes, bolos e entremets que valorizam ingredientes brasileiros como cumaru, cambuci e farinha de castanha de caju. Entre os destaques, está a tartelette de morango, salsão e sorbet de manjericão (R$ 55), releitura de uma das combinações mais marcantes da carreira de Saiko. Outras pedidas incluem o maritozzo (R$ 38) — pão doce recheado com figos e chantilly de earl grey —, a viennoiserie do dia (R$ 55) e a madeleine de mel de abelha nativa (R$ 18), servida em fornadas às 13h, 15h e 17h, quando a própria chef costuma atender o público. O cardápio inclui ainda a Soft Cheesecake (R$ 420) e sobremesas clássicas como choux cream e St. Honoré. Para o período natalino, Saiko preparou duas versões de panetone: uma de frutas, com pedaços e pasta de abacaxi, cumaru e limão-cravo, e outra de chocolate, com massa de cacau, gotas de chocolate bean to bar 45%, chocolate branco caramelizado e laranja cristalizada feita na propriedade. Também estarão disponíveis o bûche de Noël e kits especiais para presente. Com estética elegante e atendimento fluido, o novo endereço celebra a criatividade e o rigor técnico francês da confeiteira, aliado à valorização de ingredientes brasileiros. A Pâtisserie by Saiko Izawa confirma o Rosewood São Paulo como um dos grandes polos gastronômicos da cidade, aproximando o público de uma confeitaria de alto nível — por tempo limitado.
Rua Itapeva, 435 – Bela Vista, São Paulo

Lena
O chef Mário Santiago, natural de Belo Horizonte, acaba de inaugurar o Lena, em Pinheiros, seu primeiro restaurante em São Paulo. A casa propõe uma leitura contemporânea da cozinha mineira, combinando ingredientes tradicionais com técnicas modernas e influências internacionais.
O menu reflete essa fusão de repertórios. Clássicos de Minas ganham novas versões, como o pão de queijo folhado (R$ 17), desenvolvido em parceria com a confeiteira Verônica Kim, o pão de queijo recheado com costelinha, goiabada defumada e picles de quiabo (R$ 32) e a versão em pipoca com goiabada e creme azedo (R$ 30). Entre as entradas, destaca-se a Broa de milho, frango pinga e frita desfiado com kinchi de ora pro nobis (R$ 35) e a Pipoca de pão de queijo crocante com creme azedo (R$ 25).
Nos principais, o cardápio traz pratos como o Cupim cozido por 12 horas, servido com purê de mandioquinha, molho de jabuticaba e farofa de feijão frito (R$ 86); a Costelinha laqueada com canjiquinha com fundinho de panela e kale com ponzu (R$ 83); e a opção vegetariana de Cogumelo tostado com angu com queijo tulha, milho e molho tzatziki (R$ 64). As sobremesas mantêm o tom autoral, como a Leninha (R$ 36), com doces de mamão verde e jabuticaba, queijo canastra, doce de leite e creme de ricota. Para finalizar, o café mineiro coado na hora vem acompanhado de cajuzinho (R$ 10).
Antes de abrir o Lena, Santiago fundou a premiada A Pão de Queijaria, em Belo Horizonte, e passou por restaurantes como Mocotó, Manioca e o Noma, em Copenhague. A casa marca sua estreia solo na capital paulista, unindo memória afetiva e técnica contemporânea.
R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 98, Pinheiros – São Paulo

Coda
Após alguns anos longe dos balcões, Alê D’Agostino está de volta à cena com o Coda, novo bar de coquetelaria fina inaugurado na Rua Barão de Tatuí, 223, na Vila Buarque. O nome, emprestado da linguagem musical e que significa “conclusão”, simboliza um recomeço pessoal e profissional para um dos nomes mais influentes da mixologia paulistana. “A ideia é simples: cada cliente deve sair com a sensação de que valeu a pena ter ido até lá”, resume D’Agostino. Sem pretensão de exclusividade, o Coda aposta em uma hospitalidade descomplicada e em drinques de precisão técnica. O ambiente, de luz baixa e atmosfera acolhedora, combina paredes de cimento, sofás confortáveis e um piano funcional, que ocasionalmente ganha vida em pequenas apresentações — reforçando a vocação musical da casa.
O projeto teve consultoria da A/C – Aos Cuidados, de Ana Paula Montesso e Carolina Oda, e traduz o equilíbrio entre sofisticação e descontração que define o novo momento de D’Agostino. Atrás do balcão de mármore, com apenas seis lugares, está Lívio Poppovic, parceiro de D’Agostino desde os tempos do Apothek. “Não existia a menor chance de ser outra pessoa”, afirma o bartender.
A carta de coquetéis reúne doze criações autorais, entre elas o Che com Infusione (blend de chás infusionado em cachaça e carbonatado, R$ 38), o Marzini (gin, jerez oloroso, amêndoas e bitter, R$ 52), o Sgroppa (sorbet de limão, vodca, Campari e espumante, R$ 42) e o Hell Yeah (whisky, pimenta, baunilha, vermute bianco e água com gás, R$ 52). Um dos destaques é o Kimchi Old Fashioned, com bourbon, calda de caramelo com kimchi e bitter (R$ 52). Há também duas versões de Negroni — floral e jerez —, quatro opções não alcoólicas (R$ 28) e quinze clássicos executados com rigor, incluindo o Dry Martini, assinatura pessoal do bartender. A seção “Saudades, Apothek!” presta homenagem ao bar que projetou D’Agostino, fechado em 2019, com sete coquetéis icônicos de seu antigo repertório, como o Rye Rye Darling (R$ 65), o Amaro Crazy Mxfx (R$ 75) e o Toni’s New Tuxedo (R$ 75).
Na cozinha, sob consultoria da chef Laila Radice, o menu combina petiscos e pratos reconfortantes, como o patê de foie com mostarda de Cremona (R$ 45), as croquetas de camarão com molho gochujang (R$ 56) e as Lipe’s Fries (R$ 36). Para refeições completas, há opções como a Pasta Alla Vodka com burrata (R$ 71), o Coda Parmentier (R$ 54) — rabada desfiada com purê de batata — e sanduíches como o Toni à Milanesa (R$ 65) e o Tuca Sando (R$ 56).
Rua Barão de Tatuí, 223 – Vila Buarque, São Paulo.

Nonna Rosa
Após seis anos de sucesso nos Jardins, o restaurante Nonna Rosa expande suas fronteiras e inaugura uma nova casa no Itaim Bibi, combinando o charme da tradição italiana com uma proposta mais contemporânea. Sob o comando dos sócios Marcelo Muniz e André Silva, o espaço foi pensado para atender diferentes momentos de consumo — de um jantar especial a um encontro descontraído no bar.
Com capacidade para 125 pessoas, a casa conta com uma varanda envidraçada, um imponente balcão de mármore com oito lugares e um salão principal decorado com obras de arte e referências à Itália. O novo cardápio, assinado pelo chef Christian Soliman, aposta em receitas mais leves e modernas, sem abrir mão dos clássicos que consagraram o restaurante. Entre as novidades estão o Arancini Affumicati (R$ 58), bolinho de arroz com queijos defumados e arrabbiata; o Polpo in Vinaigrette (R$ 75), com polvo e brioche tostado; e o Gamberetto (R$ 194), camarões flambados na grappa com tagliolini ao molho de crustáceos. Já entre os pratos tradicionais, seguem no menu o Polpetone (R$ 108) e o La Carbonara (R$ 96).
A coquetelaria, um dos destaques da nova unidade, é assinada por Chula Barmaid, com criações como o Amalfitana (R$ 38), preparado com rum branco, abacaxi fresco e licor Maraschino, e o Caju Clarificado (R$ 42), que leva rum envelhecido e compota de caju.
Rua Urussuí, 320 – Itaim Bibi, São Paulo

Di Bari Mercato
A Di Bari Mercato, primeiro empório especializado em pizza do Brasil, firmou uma parceria com o Edifício Martinelli e inaugura, a partir de 31 de outubro, um novo point gastronômico dentro do espaço de eventos do prédio histórico. O ambiente, reservado para festas e ativações culturais, contará com um cardápio exclusivo criado especialmente para a ocasião.
Entre as opções, estarão as pizzas clássicas de queijo (R$ 39) e cogumelo (R$ 39), além da Diavola (R$ 39), feita com calabresa levemente picante, queijo, cebola roxa e toque de mel. O menu também traz uma criação inédita, a Martinelli (R$ 39), com queijo, mortadela e raspas de limão-siciliano, além da tradicional pizza de Nutella (R$ 39) para os fãs de sobremesa.
A chegada da Di Bari Mercato integra o projeto M100, lançado em 2024 para celebrar o centenário do início da construção do Edifício Martinelli. O programa vem revitalizando o prédio e abrindo espaço para eventos, exposições e novas experiências gastronômicas que ampliam a vivência do público no Centro Histórico de São Paulo.
Edifício Martinelli. Avenida São João, 35 – Centro Histórico de São Paulo + 2 endereços

Vinho no Boteco
Após o sucesso da primeira casa em Pinheiros, o Vinho no Boteco expande sua operação e inaugura uma nova unidade na Vila Mariana. Sob comando da empresária Daniela Ferigato, a nova casa mantém a proposta que conquistou o público: vinhos com ótimo custo-benefício em um ambiente descontraído, acompanhados de petiscos para compartilhar. A nova unidade conta com salão interno, área na calçada e parklet, além de um espaço no piso superior reservado para eventos privados a partir de dez pessoas. A decoração segue o estilo acolhedor da marca, com objetos garimpados pela proprietária.
O cardápio, assinado pela chef Marciele Médice, traz clássicos de boteco com um toque contemporâneo. Entre as sugestões estão as Tiras de Mignon com fonduta de queijos (R$ 89), a Panceta com agrião, batatas ao murro e goiabada cascão defumada e picante (R$ 74), o Bolinho de Costela com molho de cerveja preta (R$ 59) e o Choripán vegano de cogumelos com chimichurri e vinagrete no pão de tapioca (R$ 69). Há também um trio de risotos — de cogumelos (R$ 55), limão-siciliano (R$ 51) e parmesão (R$ 49) — e sobremesas como o brigadeiro de colher da chef (R$ 18) e os churros com doce de leite, em versões com 3 ou 7 unidades (R$ 28 e R$ 79). A carta de vinhos reúne cerca de 80 rótulos do velho e novo mundo, com diversas opções em taça. Os vinhos estão divididos entre tintos, brancos, rosés, espumantes e champanhes, além da seção “Diferentões”, dedicada a rótulos menos convencionais.
Rua Joaquim Távora, 1306 – Vila Mariana, São Paulo
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