Completando 55 anos de carreira, Vera Fischer, depois de 4 anos, retorna a cena, com direção do premiado Tadeu Aguiar e texto inédito do Nitoriense Eduardo Bakar

QUANDO EU FOR MÃE QUERO AMAR DESSE JEITO, estreou no Rio de Janeiro, em fevereiro desse ano e ficou em cartaz até final de abril com grande sucesso. Esteve em turnê no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina sempre com casas lotadas, e, finalmente, chega a São Paulo para temporada de 2 meses no Teatro Raul Cortez, em setembro e outubro.

(Crédito da foto: Carlos Costa) Vera Fischer, Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel

“A peça coloca uma lente de aumento sobre sentimentos e sensações de cada um dos personagens. Destaco no texto o exagero sobre os pensamentos, desejos e motivações”, conta o autor Eduardo Bakar, que conta com os prêmios Bibi Ferreira e Fita de autor, além de uma indicação ao prêmio Shell.

Vera Fischer é dona Dulce Carmona, uma septuagenária que recebe a noticia de que seu único filho, Lauro (Mouhamed Harfouch), vai se casar com uma mulher que ela não conhece (Larissa Maciel). A partir daí, a comedia mostra a luta de uma mãe obcecada para dar ao filho um futuro digno de sua “classe social”. A aristocrática Dona Dulce Carmona entra numa guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família.

Conhecido pela direção de grandes musicais, Tadeu Aguiar completa 42 anos de carreira encenando uma comédia ácida. “Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir.

Crédito @callanga e ou agência @amarelourca

Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito mostra um pouco desse amor atávico, mais forte do que a gente”, detalha Tadeu, também diretor do musical A COR PÚRPURA, com mais de 70 prêmios.

Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito reúne três atores com trajetórias bem diferentes. Recém completados 70 anos, Vera Fischer diz que ama fazer teatro e trabalhar: “Minha vida não faz sentido sem trabalho. Eu preciso do trabalho. Sou independente. Quero trabalhar até meus 100 anos, quero fazer uma festa maior e melhor do que a dos meus 50! É isso! Eu sou daquele tipo de pessoa que todos os dias comemora a vida!”. Larissa Maciel, lembrada até hoje pela interpretação da cantora Maysa na serie da TV Globo, diz que sua personagem vai se revelando aos poucos. “O publico terá́ que decifrá-la. Estou trabalhando com a Vera Fischer pela primeira vez, e pela segunda com o Mouhamed. Nosso trio teve sinergia desde a primeira leitura e temos nos divertido muito em cena”, revela Maciel. “Passa um filme na minha cabeça. A saudade do teatro era tanta antes dos ensaios, que quando o cenário chegou, parei e fui correndo brincar com os objetos de cena”, diz Mouhamed Harfouch.

O figurino de Ney Madeira e de Dani Vidal busca acentuar a personalidade dos personagens, oferecendo apoio a suas transformações ao longo do espetáculo. Uma paleta que vai do tom nude ao bordô intenso, marca a trajetória de Carmona, sendo utilizada a mesma paleta em gradação inversa para Gardênia. “Desta forma, buscamos posicionar gradativamente a noiva e futura esposa de Lauro, no lugar em que encontra Carmona, inicialmente”, conta Dani Vidal. “Lauro se mantem em posição intermediaria, mediando as duas intensas e queridas mulheres, marcado em tons de azul. Um contraste surpreendente será́ revelado na cena de casamento de Gardênia e Lauro, identificando os desejos reais das duas mulheres de sua vida”, especifica Ney Madeira.

Crédito @callanga e ou agência @amarelourca

O cenário de Natália Lana ambienta o espetáculo em uma casa aristocrática com certa decadência. “Apesar de à primeira vista termos um cenário realista, buscamos quebras e cortes que simbolizam a força da relação entre estas duas mulheres que não medem esforços para atingir seus objetivos. Optamos pela paleta de cores carregada no dourado e vermelho para enfatizar ainda mais esta forca”, afirma Natália. A luz de Daniela Sanchez pretende manter a atmosfera de tensão constante. Com a luz é possível manipular quase que imperceptivelmente, através dos diferentes ângulos e recortes, as mudanças de cenas, num clima de mistério e suspense. Isso, sem perder a lado do humor ácido que a peça proporciona. A trilha sonora de Liliane Secco será́ toda original. ” Faço uso de instrumentos virtuais, recurso que dispensa a participação de músicos ao vivo”, finaliza Secco.

Crédito Rafael Nogueira

FICHA TÉCNICA

Texto: Eduardo Bakr
Direção: Tadeu Aguiar
Elenco: Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch Cenário: Natália Lana
Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal
Desenho de luz: Daniela Sanchez
Trilha sonora original: Liliane Secco
Assistência de direção: Flavia Rinaldi
Produção Executiva: Edgard Jordão
Coordenação de produção: Norma Thiré

SERVIÇO

Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito

Teatro Raul Cortez – R. Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista.

De 02 de set. a 29 de out. de 2022

Sexta às 21h Sábado às 21h Domingo às 18h

Classificação indicativa: 12 anos

Duração: 80 minutos

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