5 Motivos Para Conhecer Graz, Segunda Maior Cidade Da Áustria
Para quem planeja uma viagem à Áustria, algumas cidades não podem faltar. Claro que estamos falando da capital Viena e de Salzburgo, terra de Mozart e da Noviça Rebelde (aquele musical clássico que embalou a infância de toda uma geração). Mas para sair do óbvio, que tal incluir a segunda maior cidade austríaca no roteiro?
Graz, a capital do Estado da Estíria, no sul do país (a 2h de Viena), é daquele tipo de cidade que agrada logo à primeira vista. Bonita, organizada, fácil de circular, com bondinhos elétricos passando a todo momento, e cheia de surpresas.
Graz é a capital do design na Europa, além de ter um centro histórico declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1999.
Confira então 5 motivos para não deixar de incluir Graz em seu roteiro pela Áustria:
TORRE DO RELÓGIO – Um dos monumentos preservados de Graz é a sua famosa Torre do Relógio (Uhrturm), com 28m de altura, que foi poupada dos ataques de Napoleão. Durante as guerras napoleônicas, o Imperador francês também chegou até a Áustria levando seu rastro de destruição. Porém, os moradores de Graz fizeram um esforço em conjunto para tentar salvar a Torre do Relógio, que fica numa das colinas da cidade, já que quase todo o resto havia sofrido com os ataques da invasão. Eles literalmente pagaram uma alta quantia em dinheiro à Napoleão para que ele deixasse a Torre intacta. Esse fato histórico, além de todo o complexo ao redor da Torre com biergarten, mirantes, museu, o histórico sino de 1588 (Glockenturm), restaurante com vista panorâmica e belos jardins, é mais do que suficiente para fazer desse o primeiro ponto de visita em Graz.
TÚNEL DA COLINA SCHLOSSBERG – É aí que começam algumas das surpresas de Graz. Para chegar à Torre do Relógio, é possível subir de elevador ou a pé, mas é muito mais interessante e impressionante acessar a Torre pelo túnel da Colina de Schlossberg. Trata-se de um sistema de túneis construído durante a Segunda Guerra Mundial para servir de abrigo contra os aliados. Os moradores da cidade podiam buscar refúgio nesse impressionante túnel que se divide em vários pelas laterais, escondendo um universo subterrâneo que hoje em dia é local de bares com shows de DJ´s, Casamata e até cervejaria. Ao subir até o final, num trajeto de cerca de 10 a 15 minutos, a gente chega até o topo onde está a Torre do Relógio.
MUR INSEL – A “ilha” do rio Mur, o rio que corta a cidade de Graz, é uma atração imperdível, principalmente para os amantes de design e arquitetura. Trata-se de uma ilha artificial, que na realidade é uma plataforma flutuante no meio do rio. Ela foi projetada pelo artista nova-iorquino Vito Acconci quando Graz foi eleita Capital Europeia da Cultura em 2003. Além de ser uma estrutura arrojada, seu interior abriga um gastrobar super descolado. É um ótimo point para tomar um café durante o dia, ou para saborear algum drinque à noite, e depois emendar com um jantar em algum outro restaurante descolado do centrinho histórico. Aliás, existem muitos restaurantes veganos em Graz, além dos tradicionais.
MUSEU KUNSTHAUS – Talvez essa seja a atração mais inusitada de Graz, um museu que tem o simpático apelido de “o alien amigável”. O Kunsthaus é um museu de arte moderna inaugurado em 2003 e chama a atenção por ser uma construção contemporânea toda de vidro fincada no meio dos antigos edifícios do centro histórico. Sua forma orgânica fica bem na margem do rio Mur, e assim como o Mur Insel (de onde é possível avistar o museu), faz um contraste gigante com igrejas de séculos passados e arquitetura clássica.
O museu produz a própria energia que consome através dos painéis solares da sua cobertura, que por sinal exibe um letreiro à noite que é um das formas de interação com os passantes . Ele foi projetado por Sir Peter Cook e Colin Fournier para ser um marco arquitetônico que faz a ponte entre o passado e o futuro. Para quem se interessa por arte vale a visita para conferir a coleção de arte contemporânea, design, cinema e fotografia.
HAUPTPLATZ – Passeando pela Old Town Graz será inevitável conhecer a praça principal – Hauptplatz der Stadt – o coração da cidade. Ali vemos uma grande concentração de prédios de arquitetura clássica, o belo edifício da prefeitura, cafés charmosos, muitas lojas e diversas barraquinhas que vendem comidas típicas e deixam a praça ainda mais animada. Ao redor da Hauptpltaz, lojas de marcas conhecidas e uma boa variedade de restaurantes a escolher. O vai e vem dos Trams que passam por ali parecem fazer com que a cidade não só se conecte mas a faça vibrar. Eles são coloridos, cada um com uma pintura diferente, fazendo jus à ligação entre a cidade e o design.
E nas ruas adjacentes à praça, a gente topa com mais algumas construções históricas como, por exemplo, o Palácio Khuenburg. Antigo Palácio da Cidade que atualmente afunciona como o Museu Graz, e que foi o local de nascimento do Arquiduque Ferdinand, assassinato em 28 de junho de 1914, fato que mudou o rumo da história e é considerado o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial.
Essas atrações turísticas são só uma das facetas de Graz, que tem uma vibe muito gostosa, uma atmosfera antenada e a elegância das cidades do antigo império Austro- Húngaro!
TURISTANDO COM MONICA BARROS
Monica Barros é carioca de nascença mas se divide entre Rio-SP-Santos. Jornalista de formação e ex editora do site Le Touriste, está sempre garimpando lugares cheios de personalidade por onde passa. A collab com o Club Jardins busca levar o melhor dessas dicas e do Rio pro site, além da conexão com a fundadora do Club, uma carioca morando em terras paulistas.
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